terça-feira, 26 de maio de 2009

Chorar... de rir

Na verdade, o post não será engraçado. Será, inclusive, uma reflexão, já que não sei mais como ser engraçada. Porém, antes de refletir, é preciso contar uma estorinha.

Ontem tive minha última aula de teatro do semestre. Durante 5 segundas-feiras convivi por pouco mais de duas horas com pessoas que não conhecia, simplesmente para me descontrair. A turma de teatro sempre foi a minha turma e esse tempo não foi perdido - ainda que eu tivesse que ficar ainda mais horas na faculdade. Aliás, seguramente, vivi os momentos em que mais me divertia na semana.

Quem já fez teatro sabe que as pessoas desse meio são meio surtadas. Sabe também que os exercícios são os mais ridículos e que os exemplos e histórias são super engraçados e sem-noção. Segundo meu professor, Edson Sena, em 80% dos casos isso acontece porque na arte existe apenas o drama e a comédia.

Eis que chego ao ponto ideal. Ontem, eu ri mais que todos os outros dias. Ri tanto, que chorei¹. E não fui só eu, não. Dos 20 alunos, acredito que metade não estava conseguindo respirar. É aí que me pergunto: por que precisamos chegar ao extremo oposto para expressar a intensidade de uma ação? Ou seja, por que dizemos que choramos de tanto rir e, quando estamos tristes (às vezes, ferrados), dizemos que rimos para não chorar?

¹ Só vou contar o motivo do riso, porque muitos são curiosos, mas já adianto que é aquele típico caso que só tem graça para quem presenciou.

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Era um exercício em que o professor põe na mesa vários objetos (os mais inimagináveis) e cada pessoa tem de ir na frente da sala, escolher um deles e inventar uma propaganda daquilo ali, na hora.

Eis que uma menina pegou uma coruja feita de porcelana e, empolgada na encenação, a jogou no chão, pensando que ela fosse de madeira. Sim, a coruja do professor quebrou em mil pedaços, a menina parou tudo que estava fazendo e entrou em pânico momentaneamente.

Todos morreram de rir da cara dela e da do professor, que, bem humorado, começou logo a zoar dizendo que não tinha problema, apesar de ser um objeto extremamente significativo para ele, já que pertencia à sua família há mais de dez gerações...

Um comentário:

  1. ahsuahsuahsuahsaus
    Demais, juro que tô imaginando a cara do Edson. rsrs.
    Nossa, a menina deve ter ficado roxa de vergonha.

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