sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Atualizações do blog...

Por que, mesmo sendo um blog super gostoso de escrever, ninguém mais atualiza depois do término das aulas? Hahaha Todo mundo vagabundo! :P

terça-feira, 23 de junho de 2009

Humor no mergulho

O mergulho é mais que um esporte ou um meio de observar a vida marinha... O mergulho é também uma grande fonte de piadas e gracinhas em relação à condição dos amigos.

Para quem não tem muita idéia do que é mergulho, uma breve explicação sobre como ele funciona: Primeiro, há dois tipos de mergulho, o autônomo e o livre, ou apnéia.

O autônomo é aquele no qual as pessoas usam cilindros de ar comprimido e todo aquele equipamento tipo “astronauta na Lua”; O segundo, o mergulho livre, é feito apenas com o ar “guardado” nos pulmões, ou seja, segurando o fôlego mesmo. O mergulho livre é feito sem equipamentos ou apenas com máscara, snorkel e nadadeiras (Não, aquilo não se chama pé-de-pato!).

No autônomo, só se mergulha em duplas, com, no mínimo, uma pessoa junto com você, por questão de segurança. Essa pessoa é chamada de dupla ou dive-buddy.

Como todo esporte, hobby ou atividade de lazer, o mergulho tem suas piadinhas, a maioria internas. Explico: Os mergulhadores acham que fazem algo realmente legal, impressionante e diferente e gostam de se destacar atrvés de suas piadinhas. Além disso, realmente conhecem e falam de equipamentos, seres vivos e lugares que muita gente não conhece, por isso a exclusividade.

As piadinhas internas são ótimas para quem está dentro de um grupo, mas péssimas para qualquer um que não tenha noção do assunto comentado. Por isso, sigo explicando algumas coisas.

Há algumas características dos mergulhadoes que rendem comentários e gracejos variados. Como, por exemplo, o fato de que eles são seres um tanto quanto nojentos, cospem nas máscaras e espalham o cuspe por uns minutos, num ritual que demanda técnica e paciência, pois aquele cuspinho de espumas vai servir como o melhor adstringente e deixar o mergulhador tranquilo e com a máscara “limpinha” (sem embaçar) o mergulho todo. Depois de espalhar o cuspe, enxaguam com água do mar ou da piscina (imagine o tanto de saliva numa piscina de escola de mergulho).

Mergulhadores também fazem xixi nas roupas de neoprene (se não enxaguar na volta ao barco fica aquele cheiro) e volta e meia tem fluídos saindo pelo nariz quando retornam à superfície... Esse tipo de coisa.

Todas as pessoas que começam a mergulhar e dão continuidade à atividade, mergulhando pelo menos uma vez por mês, ficam mais engraçadinhas e aumentam sua rede social, fato!

Imagine só a situação: você sai para mergulhar com uma turma, eles te vêem cuspindo, fazendo xixi, limpando os seios da face com aquela assoada no mar, vomitando por causa do enjôo causado pelo balanço do barco e ainda rola a maior cumplicidade na hora de dividir os Dramins e Meclins (remédios anti-enjôo)... Não tem como não ficar íntimo!

OK, também há motivos mais delicados que fazem as pessoas se tornarem amigas graças ao mergulho: as coisas lindas que todo mergulho tem! Sim, há coisas bonitinhas, por que mesmo que a água não esteja transparente, no melhor estilo caribenho, sempre há um belo peixinho, corais, cavalos-marinhos, estrelas e toda uma infinidade de vida, mesmo que de pequenas criaturinhas, que encantam os mergulhadores.

Há também a sensação incomparável de estar voando (isso para os mais experientes ou talentosos, que conseguem se manter horizontais e neutros durante o mergulho) que faz qualquer um querer dar cambalhotas e relembrar a infância. Há os lindos passeios de barco, até chegar no local do mergulho, as conversas, a sensação única e mágica de conhecer outro mundo, de ver e sentir a vida embaixo do mar, de se sentir pequeno na imensidão dos oceanos. Compartilhar essas experiências, sensações e emoções cria um laço afetivo que só entende quem mergulha.

Como não fazer amizade com um dupla que viu a mesma linda e graciosa Tartaruga- verde que você viu? Ou aquele peixinho inocente?

Aí, depois das lindas amizades e toda essa parte sentimental, vem a intimidade e, com ela, as piadinhas. Sempre tem aquele Dive Buddy que parece não curar sua narcose nem na superfície.

Ops, piadinha interna! Explico de novo: A partir dos 35 metros de profundidade, mais ou menos (varia de pessoa para pessoa), o nitrogênio sob pressão que inspiramos se torna tóxico. E, uma vez que respiração implica levar os gases que inspiramos para o sangue, esse nitrogênio tóxico vai “direto na veia”. Aí é divertido, parece que o mergulhador está realmente sob efeito de alucinógenos e dependendo do tipo da pessoa a narcose pode parecer resultado só de um baseadinho de leve ou de um super ácido.

Tem os que ficam narcosados e riem loucamente, alagando suas máscaras, tem os que querem compartilhar ar com os peixes e tentam dar seus reguladores para eles, tem os que simplesmente cantam... Sim, cantam! Com ou sem o regulador na boca (o segredo é fazer uma voz bem fininha que dá pra entender debaixo d’água) e há os que dançam a macarena e fazem caretas lindas com suas máscaras.

A narcose é demais! Se seu dupla- amiguinho narcosar antes que você, pode ter certeza que você vai rir muito dele e contar pra todo mundo depois, podendo até aumentar ou inventar, já que a melhor característica é que depois que volta para profundidades mais rasas, a pessoa afetada sofre uma amnesia total do período passado sob efeito da narcose. É, o melhor de tudo, realmente, é que ninguém jamais se lembrará das bobagens que fez sob o efeito do nitrogênio! Piada de narcose é tipo piada de bêbado...

Sempre tem também as piadinhas do tipo curso básico, quando o instrutor diz que há dois tipos de mergulhadores: os que fazem xixi na roupa e os que mentem; ou quando o instrutor muito bacana diz pro aluno (que geralmente está com medo de seu primeiro mergulho) que deve-se mergulhar em dupla para que, caso você encontre um tubarão, sua chance de ser atacado seja de 50%, não de 100%.

Observação importante: tubarões não atacam (quase nunca) mergulhadores!

Há alguns comentários próprios de grupos de mergulhadores, como dizer que alguém só pode ser bonito dentro OU fora da água, pois quem fica bem de máscara é, geralmente, muito feio. Comece a reparar, é verdade!

As mentiras são outra fonte de risadas inesgotáveis. Mergulhador mente muito mais que pescador, sem dúvidas. É comum um dupla ficar falando pro outro, de volta ao barco: “Como você não viu aquela arraia? Já sei, você tava olhando pros corais”, aí pode-se substituir arraia por tubarão, gofinho, polvo multi-colorido, baleia, tartaruga ou qualquer outro animal não tão comum de se ver e que, quando um vê, todos vêem.

Se você mergulhar no Caribe ou em qualquer lugar de língua espanhola, vai ouvir muito a palavra Buceo, que significa mergulho em espanhol. Mergulhador, portanto, é buceador. Imagine o tanto de piadinhas que os brasileiros inventam: “Buce o quê?”.

É, como todo grupinho de gente adulta, feliz e faceira (e também meio boba) que compartilha dos mesmos gostos, o dos megulhadores tem suas piadinhas internas, suas zoações escancaradas e suas risadinhas de cumplicidade.

E viva o humor... Até embaixo d’água!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ensaio sobe a piada interna

Acho que nenhum teórico estudou a piada interna, mas acredito que ela mereça um capítulo próprio nos anais do humor. Mais do que entender o humor e o porquê rimos, a piada interna ajuda a entender a humanidade.

A necessidade de sentir-se parte de um grupo e a busca de uma identidade estão muito presentes nesse tipo de humor. A situação engraçada pode remeter a algo vivido anteriormente por um grupo de pessoas, ou a um jogo de palavras e situações que só façam sentido para determinado grupo (profissional, religioso, musical, literário, etário etc). O ridente sente-se exclusivo, sente-se parte de um grupo. O contrário pode deixar alguém um tanto quanto sem graça; quem já não se sentiu excluído por não entender alguma piada interna.

Isso nos leva a outra questão muito humana: o prazer em excluir. A piada interna contada apenas entre quem a entende não é uma piada interna, é apenas uma piada ou uma situação engraçada. O adjetivo “interna” só passa a existir quando existem externos à piada. A graça parece aumentar quando pessoas ao redor não entendem a situação. Ao tentar explicar uma piada interna para um terceiro, o esforço de pensar na graça da piada pode tornar o riso incontrolável, o que deixa o excluído mais irritado com a situação (ou você nunca viu alguém rindo sem conseguir contar o porquê?).

Quem sabe por que está rindo, sente o gostinho da informação exclusiva, de portar um segredo saboroso, que perderá o gosto se compartilhado (nunca o terceiro vê tanta graça quando explicada a piada, aliás, piada explicada nunca tem graça).

Observe que alguém, após rir desesperadamente sem que haja motivo aparente, se levanta enxugando as lágrimas com a mão e, quando indagado do que estava rindo, costuma responder indiferente: nada, é uma piada interna.

Para a satisfação do ridente, os demais ficam com cara de paisagem, indagando-se o que seria aquele riso tão profundo. Muitos até ficam com a pulga atrás da orelha, imaginando se não estariam rindo dele. Outros, ficam bravos, acham falta de educação. Os mais gentis e compreensivos, conseguem rir; uns para não ficar com cara de paisagem, outros contagiados pelos risos de quem entendeu.

O fato é que sempre é melhor estar dentro do grupo que entendeu a piada, saindo por cima, pisando nos reles mortais que bóiam no assunto, com interrogações quase visíveis pairando sobre suas cabeças.

domingo, 31 de maio de 2009

pela última vez...

bom, como eu tinha que postar pela última vez... acabei de fazer um achado sem fim! é o blogue de um cara aleatório que eu encontrei fuçando no twitter dele porque ele respondeu um "trending topic" daqueles! ele faz um monte de imagens engraçadinhas, mas é que essa é muito boa:



para quem achou bom, o link para o blogue é http://renfolio.blogspot.com/

ah, também lembrei do negócio do nosso flash mob, que a Paula tinha pensado! nosso blogue não é sobre o riso? tive uma ideia um tanto quanto absurda, mas flash mobs são absurdos! a gente divulga um dia do próximo semestre para que todas as pessoas se juntem ali naquele parque aonde tem as pistas de corrida da FEF. quando todos chegarem, um de nós, com um amplificador daqueles ou sei lá, dá o sinal para que todos comecem a rir. pode ser de forma forçada no começo, mas todo mundo sabe que quando você vê outra pessoa rindo, acaba achando graça uma hora! aí, depois de 5 minutos, todos param e voltam para aonde vieram - após outro sinal, claro. se for bem divulgado, acho que dá certo!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Riso bêbado

O riso bêbado é aquele que surge quando estamos numa bebdeira daquelas, num churrasco com os amigos ou numa tequilada, por exemplo. Não sei se foi cientificamente comprovado, mas, quando estamos sob o efeito do álcool, tendemos a ficar mais simpáticos, alegres e soltos. (Tem gente que fica violenta, mas melhor não citar nomes rsrs)

Daí facilmente vem o riso. A bebida tem o poder de deixar todos mais descontraídos e à vontade. Perdemos a noção de certos parâmetros e tendemos a achar tudo mais engraçado, por mais que às vezes certas situações não o sejam. O riso bêbado não é forçado, é uma risada gostosa e espontânea, melhor ainda se for com os amigos.

Beber com os amigos é muito bom, pois é certeza de muitas risadas e lembranças engraçadas. Afinal, quem não bebe não tem história. Quer dizer, muitas histórias boas e hilárias surgem num momento de bebedeira. No JUCA (Jogos de comunicação e artes), por exemplo...(se bem que o que acontece no JUCA, fica no JUCA). Rir com os amigos é o que há de melhor. Às vezes rimos tanto que chegamos a perder o fôlego. Quem nunca teve um ataque e ficou depois com a barriga ou as bochechas doendo? Ou então passou mal de tanto rir? É claro que isso é válido para qualquer situação de riso.

O uso da bebida em excesso pode causar situações constrangedoras. Tem gente que não vai se lembrar de ter dado um vexame ou de ter dito certas coisas. Afinal, como diria um grande amigo meu, a bebida entra e a verdade sai, ou "se eu não lembro, não fui eu que fiz". Cuidado com o que se diz, principalmente se houver muitas testemunhas e uma câmera filmando. Tem sempre um com uma maquina fotográfica pra capturar o seu pior momento bêbado. Registro de uma situação que, com certeza, garantirá futuras risadas, quando aquele churrasco ou festa for relembrado.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Já era!

Analisar um jornal voltado para as classes C e D de Campinas e região parecia, de início, uma missão relativamente simples. Mas devo admitir que algumas pedras apareceram no caminho, e a tarefa de escrever sobre o “Notícia Já”, jornal diário da Rede Anhanguera de Comunicação, foi bem mais difícil do que enfrentar a árdua leitura de páginas escritas com “linguagem popular”.

O primeiro problema apareceu antes mesmo de ter o jornal em mãos: é impossível encontrá-lo em qualquer banca de revistas da cidade. Os únicos pontos de venda são pessoas contratadas pela empresa para que penduram em seus ombros quilos e mais quilos do diário para vendê-los por ônibus circulares e bairros da periferia da cidade. Resumo da obra: eu teria de andar de circular às 7 da manhã para comprar o bendito!

Mas meu santo é forte. Ou pelo menos foi por um dia. Depois de vasculhar por algumas bancas, voltei desiludido para casa. Mas, lá aconteceu o milagre: a edição do dia do Já estava na mesa da cozinha, esperando pela minha chegada. Calma, não foi um milagre de verdade. O fato é que a empregada doméstica que trabalha na minha casa compra o jornal todos os dias na vinda para o trabalho. Não é que eu fui descobrir um estoque do bendito jornal em casa?

Bem, superado o problema inicial, me defrontei com outro logo nos segundos iniciais de leitura, quando li as chamadas de capa. Deixando toda a masculinidade de lado, levei um susto com a frase de destaque. “Samurai gay mata namorado com espada” era ela. Podem admitir, eu sei que se assustaram também. Não é só a retratação absolutamente esdrúxula dos personagens que assusta, mas também a violência do ato narrado. Depois chamam a Veja de sensacionalista.

Mas não parou por aí. A grande maioria das chamadas da capa falava de violência, estupros, seqüestros e assassinatos da mesma forma que a frase principal. Imaginem só se o Já existisse na época em que assassinaram o Kennedy: “ Retardado mental enfia bala na cabeça do presidente comedor de Mc Donald’s”. Lamentável. E as matérias seguiam nos mesmos moldes dos títulos: com caracterizações completamente desrespeitosas das fontes e uma linguagem muito próxima daquela que é falada pelo público alvo do veículo.

Já ouvi alguns elogios para esse jornal. Pessoas dizendo que ele está fazendo as “informações” chegarem a todas as classes. Eu acho que algumas pessoas confundem informações com carnificina e mulheres saradas.

Quase na mesma proporção da chamada principal, uma foto de uma modelo loira seminua ilustrava a capa. Em todas as edições uma bonitona é mostrada na primeira página. Faz parte de um projeto do jornal feito para fazer a informação chegar às classes baixas chamado “Gostosa do Dia”. Se tamanho de bumbum fosse quantidade de informação, eles deveriam ganhar o prêmio Pulitzer.

Mas e aquelas que não conseguem o título de gostosa da semana? Podem ficar tranqüilas, tem espaço para vocês também. É só mandar para o jornal uma foto de biquíni e segurando um guarda-chuva que vocês devem sair em uma das sessões: a previsão do tempo. É isso mesmo: todas as temperaturas e previsões ficam ao lado da mulher do tempo do dia.

É por isso que concordo quando dizem que brasileiro é criativo, malandro, dá seu “jeitinho” em tudo. Enquanto a educação brasileira não dá condições mínimas para alfabetizar a população e muito menos para formar leitores com algum senso crítico, alguns malandros brasileiros se aproveitam para adequar os veículos de comunicação às tendências do mercado.

É rir para não chorar.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Chorar... de rir

Na verdade, o post não será engraçado. Será, inclusive, uma reflexão, já que não sei mais como ser engraçada. Porém, antes de refletir, é preciso contar uma estorinha.

Ontem tive minha última aula de teatro do semestre. Durante 5 segundas-feiras convivi por pouco mais de duas horas com pessoas que não conhecia, simplesmente para me descontrair. A turma de teatro sempre foi a minha turma e esse tempo não foi perdido - ainda que eu tivesse que ficar ainda mais horas na faculdade. Aliás, seguramente, vivi os momentos em que mais me divertia na semana.

Quem já fez teatro sabe que as pessoas desse meio são meio surtadas. Sabe também que os exercícios são os mais ridículos e que os exemplos e histórias são super engraçados e sem-noção. Segundo meu professor, Edson Sena, em 80% dos casos isso acontece porque na arte existe apenas o drama e a comédia.

Eis que chego ao ponto ideal. Ontem, eu ri mais que todos os outros dias. Ri tanto, que chorei¹. E não fui só eu, não. Dos 20 alunos, acredito que metade não estava conseguindo respirar. É aí que me pergunto: por que precisamos chegar ao extremo oposto para expressar a intensidade de uma ação? Ou seja, por que dizemos que choramos de tanto rir e, quando estamos tristes (às vezes, ferrados), dizemos que rimos para não chorar?

¹ Só vou contar o motivo do riso, porque muitos são curiosos, mas já adianto que é aquele típico caso que só tem graça para quem presenciou.

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Era um exercício em que o professor põe na mesa vários objetos (os mais inimagináveis) e cada pessoa tem de ir na frente da sala, escolher um deles e inventar uma propaganda daquilo ali, na hora.

Eis que uma menina pegou uma coruja feita de porcelana e, empolgada na encenação, a jogou no chão, pensando que ela fosse de madeira. Sim, a coruja do professor quebrou em mil pedaços, a menina parou tudo que estava fazendo e entrou em pânico momentaneamente.

Todos morreram de rir da cara dela e da do professor, que, bem humorado, começou logo a zoar dizendo que não tinha problema, apesar de ser um objeto extremamente significativo para ele, já que pertencia à sua família há mais de dez gerações...